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sábado, 13 de dezembro de 2008

OBRA PRIMA

Cada rabisco, rascunho de ti
aprimoro, crio e transformo.
Na perspectiva de teus olhos,
ponto de fuga de meu ser me jogo, me afogo,
descompasso meus traços, arrisco.
Risco teu croqui à pena,
plena forma de desejo
que a mim condena, me vejo,
me perco nas formas rudes,
detalhes, volutas, estrutura
da tua crua arquitetura,
mescla de estilos.
Observo a dor, ex-quadro decô,
do meu peito abstrato, do corte
que sangra nanquim
não mais sangue de fato.
Queria eu a ti projetar,
invento após moderno intento
criar tua fachada
de gosto tão eclético
tão louco,
Entalhar, insculpir
cada anjo, arcanjo teu, barroco
cada querubim matizar,
cada friso teu ornar,
cada cornija coroar,
cada forro teu rematar,
medir, calcular.
Cada metro teu quadrado, avaliar,
captar,
raptar.
Cada olhar teu luzente, luzido
jamais me privar.
Cada prisma translúcido teu, transpor.
Queria eu a ti moldar, modelar.
Cada norte teu direcionar, opor.
Mas quem sou?
Nada sou
para tamanha obra,
ópera prima ostentar.
Mas qual artista é capaz
de planejar tão perfeita construção?
Não, não me vejo apta, hábil.
Nada sou.
Porém, no entanto,
"humil-demente" peço,
anseio
e num último pedido,
suspiro,
devaneio...
Queria eu a ti me dar.


Fabiana Guaranho
UMA HOMENAGEM AOS ARQUITETOS PELO DIA 11 DE DEZEMBRO

Não vai embora ainda



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