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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

BOBÓ SEM MANDIOCA

HOJE POSTAREI ESTA MATÉRIA DE ANGELA MARIA COSTA QUE TOCA NUM ASSUNTO SUPER NA MODA - AS ELEIÇÕES

Aos domingos, frequentemente, eu e minha mãe vamos para a cozinha. Gosto de cozinhar assim sem compromisso. Experimentamos novos pratos ou repetimos os que mais gostamos. Somos disciplinadas e sempre seguimos à risca as receitas. De modo que, é quase impossível não ficar gostoso. Acontece que para tudo dar certo é necessário ter todos os ingredientes disponíveis. Não somos muito favoráveis às improvisações.

Certo domingo estava tudo programado para fazermos um bobó de camarão. Depois de tudo organizado, camarões limpinhos e temperos cortados, percebi que faltava um ingrediente indispensável, a mandioca. Corri para o mercado e lá não tinha a mandioca. Mas como?! Não posso fazer bobó sem mandioca! O vendedor vendo minha aflição ofereceu-me outros legumes. Por que não leva a batata? Ou o chuchu? Ou a cenoura? Estão fresquinhos! Ora, ora, seu moço, se eu trocar a mandioca por quaisquer desses outros legumes, não será mais um bobó. A mandioca é inerente ao bobó. Pode ser tudo, um ensopado, uma sopa, um cozido, mas NUNCA será um bobó! E eu quero comer bobó. Pois é, parece bobinha esta cena, mas é assim que eu me sinto ao ver na vitrine da TV, a variedade de candidatos que se apresentam nesta eleição. Tem de tudo!

Nesta eleição, com certeza, temos em nossas mãos a oportunidade de mudar a configuração política desse país, porque vamos poder escolher (decidir) quem será o nosso presidente, o nosso governador, os nossos senadores, os nossos deputados federais e estaduais. Serão estes que darão o norte de toda a política social e econômica que afetará a nossa vidinha dentro de casa. E isso, é uma responsabilidade muito grande. Principalmente para nós que temos vivido tempos de tormentas. Estamos nos acostumando com o mal feito, porque anestesiados, descrentes e até insensíveis, esfregam em nossa cara, toda sorte de falcatruas e corrupção. E então eu vejo que para escolher o meu candidato, preciso saber primeiro o que eu quero (igual ao bobó).

Eu quero um país decente, que garanta a vida digna de todo seu povo. Que tenha como prioridade a educação, em que a infância seja respeitada desde o momento de sua concepção, com mães nutridas e com saúde, antes, durante e após o parto. Quero um país que resolva de vez o problema do analfabetismo, das filas nos postos de saúde, da falta de remédios, da violência contra a criança, a mulher e o idoso. Quero todas as crianças com a garantia de poder frequentar uma creche, com professores capacitados e respeitados como em outras profissões, e com salários dignos. Quero jovens saudáveis e livres da droga, com escolas em tempo integral.

Portanto, o momento é de extrema seriedade. É preciso votar nos candidatos certos. Naqueles que comunguem, pelo menos, com os nossos valores e sonhos. Aqui também não dá pra improvisar. É nesta pessoa que vamos depositar toda a nossa esperança. Não pode ser qualquer um, por falta de opção (lembra da mandioca?). Porque se for qualquer um, estaremos apenas garantindo a este cidadão, ou cidadã, quatro ou oito anos de vida boa para si e para os chegados (cupinchas?!) e não para trabalhar em prol do que acreditamos. Não para resolver os problemas que consideramos prioritários.

Nesta eleição estou de orelhas em pé e olhos bem abertos, porque se após as minhas pesquisas, não encontrar um candidato de acordo com os meus princípios, vou fazer igual ao que fiz com o vendedor do mercado. NÃO ME SERVE. DESSA VEZ NÃO VOU LEVAR NADA. PORQUE O QUE EU QUERO NÃO ESTÁ DISPONÍVEL. NÃO ME APETECE.

Tenho convicção de que se fizermos assim, talvez, quem sabe, poderemos estar contribuindo para melhorar o nível dos candidatos e porque não dizer, dos partidos políticos, para as próximas eleições.

Não dá mesmo para fazer um bobó com jiló! É indispensável a MANDIOCA. Capite?!

Ângela Maria Costa

Professora da UFMS/CCHS/DED

lamarc@terra.com.br

Um comentário:

  1. Tens razao, porem o problema do Brasil sao os brasileiros, que nao sabem votar (peculiaridade que nao e inerente ao Brasil). Enquando o povo nao aprender a votar, a coisa nao vai. Porem para saber votar, e necessario tambem saber que o governo nao cria riqueza - apenas distribui o fruto de quem trabalha e produz. GOverno nao cria emprego, quem cria e o setor privado. E quando o governo tira recursos do setor privado, inexoravelmente diminui a riqueza e tudo que vem com ela, inclusive e pricipalmente os empregos das classes menos abastadas. Sem consciencia desses pricipios basicos, acontece como em 64, tudo parece resolvido porem volta ao status quo ante.
    Parece mais facil fazer bobo sem aipim que dar jeito no Brasil.

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